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terça-feira, 6 de março de 2012
Alex no Pais dos Números, Uma Viagem ao Mundo Maravilhoso da Matemática, Alex Bellos, Companhia das Letras, 2011. Por Maria Isabel Rodrigues Teixeira.
Se você gosta de matemática, nem precisa continuar a ler. O título da obra já dá uma boa dica do assunto, e os aficionados não precisam de muito para se entusiasmar. Mas se o seu caso é o da maioria das pessoas, que precisa de um pouco mais de incentivo para se aprofundar nos mistérios numéricos, então posso sugerir a leitura deste livro que, de maneira leve e ao mesmo tempo certeira, nos conduz por vários campos da matemática.
Falando sobre como surgiram os primeiros sistemas de contagem, as origens dos números, técnicas variadas para encontrar resultados de contas e outras curiosidades, Alex Bellos vai descortinando um mundo de informações interessantes, todas interligadas por contas e mais contas.
Os capítulos sobre os números π (a razão entre a circunferência de um círculo e seu diâmetro) e a proporção áurea, são cheios de referências a vários aspectos que são permeados pelas relações entre medidas, partindo da medição física dessas medidas e expandindo o raciocínio para idéias abstratas que beiram o misticismo.
A álgebra também está bem representada, explicando o uso das letras e símbolos na matemática, sua história e de novo, muitas curiosidades, como a origem da palavra álgebra (leia para saber!) e uma ótima (e de fácil entendimento) explicação sobre logaritmos.
Como uma parte importante da matemática é a Lógica, os enigmas e as mágicas também são abordados, trazendo ainda mais diversão.
Assim como o Zero, Alex também comenta o Infinito. Eu não sabia que um infinito pode ser maior que o outro!
O capítulo sobre probabilidades pode interessar aos que têm a intenção de jogar para ganhar: a maioria dos jogos de azar está subordinada às leis da probabilidade (e não tem esse nome por acaso!). Para saber quais são as suas chances é preciso dominar a teoria!
Na seqüência das probabilidades, claro, temos a Estatística. E vamos medir pãezinhos a perder de vista! Assim como Henri Poincaré fez no século XIX, Alex pesou suas baguetes por 100 dias para ter uma amostra significativa do peso dos pães. Ambos chegaram à mesma conclusão: as medidas colocadas num gráfico formavam uma curva em forma de sino. Sim, trata-se da curva normal.
Se você não sabe do que estou falando, corra para o Alex, lá está tudo explicadinho, até mesmo o fato de que a geometria euclidiana não se aplica em qualquer caso e que existe um bicho chamado “plano hiperbólico”. Lindo nome, não? Para poder enxergar melhor essa esquisitice matemática, Daima Taimina, uma professora de matemática de Cornell, fez um modelo em crochê usando 5500 metros de fio cor de rosa.
E depois falam que matemática não tem graça!
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